Como uma situação, que poderia ter trazido dor de cabeça para minha família, me fez acreditar que ainda há esperanças no mundo
Evangelina Vitória, – vice-presidente do Sintramfor
Fazendo jus ao ditado popular “que por meio de pequenas atitudes conhecemos a personalidade de uma pessoa” inicio este texto. Possuo a intenção de valorizar e mostrar que, felizmente, ainda existe um povo honesto e empenhado em exercer, com responsabilidade, sua função de servidor público.
Há poucos dias um fato, que pode ser considerado, pela maioria das pessoas, como algo “corriqueiro”, aconteceu em minha família e me levou a pensar sob vários aspectos. Meu marido perdeu o molho de chaves – e que molho – ainda de madrugada, durante a caminhada, nas imediações do Banco do Brasil. Muitos de vocês devem estar pensando que bastaria fazer novas cópias. Porém, a situação não é tão simples assim. Primeiro, isso gera gastos extras, pois eram em torno de dez chaves, sem falar no chaveiro, lindo, de prata, presente de um amigo.
Onde quero chegar? Pois bem, em tempos cujo assunto em evidência é a corrupção, desvios de dinheiro público, enriquecimentos ilícitos, hospitais a beira de um colapso, me deparei com a generosidade de uma servidora pública. Após refazer o caminho percorrido pelo meu marido diversas vezes e procurar o objeto nos estabelecimentos em volta, decidi ir ao Claudinê e lá estavam elas. Ao me entregar as chaves, fui informada por ele que uma servidora da Secretaria do Meio Ambiente, uma gari, as deixou lá.
Pois bem, vejam aí um exemplo de trabalhadora. Uma servidora pública municipal de Formiga que reflete o que a sociedade espera de todos nós: empenho e cumprimento de nossos deveres. Deixo aqui, meu agradecimento não só a ela, mas a todos os outros garis, coveiros, secretárias, professores, servidores públicos, que, com pequenas demonstrações de honestidade, nos fazem acreditar em um mundo melhor.