Representantes do Sintramfor esperavam que o indicado pelo prefeito fosse Servidor de Carreira (efetivo); Sindicato pedirá orientações ao TCU e ao TCE para melhorar a gestão do Previfor e impedir problemas futuros com aplicações que possam gerar prejuízos aos servidores
O bancário Ronaldo Cândido da Silva (foto) foi aprovado pela maioria dos conselheiros do Instituto de Previdência Social (Previfor) para ocupar a vaga do superintendente José Francisco da Silva (Chico), que pediu exoneração. Ronaldo foi indicado ao cargo pelo prefeito Moacir Ribeiro e foi sabatinado pelos conselheiros na tarde desta quarta-feira (7).
Após a sabatina, Ronaldo foi aprovado com pouca diferença. Com isso, ele deverá ser nomeado, pelo prefeito, para gerir o Previfor.
O presidente do Conselho Fiscal do Instituto e também presidente do Sintramfor, Natanael Alves Gonzaga, critica a forma de indicação, pois fica nas mãos do prefeito escolher quem dirige o futuro dos servidores ao se aposentarem. “Lutaremos para que a Lei de criação do Previfor seja modificada e que o superintendente seja servidor efetivo. Não estamos colocando a idoneidade do atual superintendente, e nem dos que passaram pelo Previfor, em dúvida, mas entendemos que um servidor efetivo poderá ter uma visão de garantia de seu futuro, não sendo apenas passageiro. Entendemos que a indicação é prerrogativa do prefeito, mas ele poderia ter indicado um servidor efetivo e técnico”, defendeu.
Natanael alertou ainda que os conselheiros só vão permitir uso do dinheiro do Instituto para pagamento de aposentadoria, pensão e afastamento de servidores, como prevê a legislação atual. “Vamos fiscalizar, pois esta é a nossa responsabilidade como conselheiros. Não vamos, de forma alguma, admitir investimentos em fundos que possam gerar prejuízos futuros para os servidores. Todas as ações do superintendente terão que passar pela aprovação dos Conselhos, sob pena de responder civil e penalmente. Não vamos permitir que o dinheiro do Previfor seja utilizado, por exemplo, para financiar compra de clube, ajudar os cofres da prefeitura, em hipótese nenhuma, friso, nenhuma, não permitiremos tais ações, como corre boatos de que essas são intenções da Administração Municipal, quero acreditar que são apenas boatos, até porque a prefeitura conhece as consequências de usar qualquer recurso do Previfor e sabe que não pode tocar nesse dinheiro, até mesmo porque nós Sindicato e nem a Justiça permitiria tal ato”, disse o presidente.
Primeira indicação
Os conselheiros do Previfor rejeitaram a indicação do prefeito para que o advogado Márcio Caputo – que também possui cargo político no Gabinete de Moacir – ocupasse a vaga de superintendente do Previfor. Caputo foi sabatinado no dia 24 de setembro e os conselheiros consideram que ele não apresentou conhecimento técnico necessário para ocupar o cargo.
A convite de Moacir, os conselheiros se reuniram com ele no último dia 28 e mantiveram os votos contrários à indicação o que levou o prefeito a fazer a segunda indicação.