Mediante a crise financeira causada pela pandemia do coronavírus que está ameaçando a cada dia mais os governos em todas as esferas e, consequentemente, aumentando o risco de lesão aos direitos dos servidores públicos, o presidente do Sintramfor, Natanael Alves Gonzaga, esteve na Câmara Municipal, nesta segunda-feira, dia 18, manifestando sua preocupação e intercedendo para que as políticas municipais não venham a prejudicar os servidores.
Natanael usou a Tribuna logo após o prefeito Eugênio Vilela ter se manifestado antes dos vereadores votarem um veto ao Projeto de Lei 71/2020. Na ocasião, Eugênio afirmou que caso o veto fosse derrubado pelos vereadores, as consequências para o Município seriam uma queda, ainda maior que a que já vem ocorrendo na arrecadação, e o comprometimento do pagamento de despesas correntes da Prefeitura afetando, inclusive, os salários dos servidores e os repasses para o Instituto de Previdência dos Servidores de Formiga (Previfor).
Natanael destacou que estava ali unicamente com o propósito de defender os interesses dos servidores e que não entraria no mérito do projeto que os vereadores iriam votar, já que ele não é relacionado com o funcionalismo. Ao fazer o pronunciamento, o presidente do Sindicato manifestou preocupação em relação à possibilidade de atraso de salários e lembrou que caso isso venha a ocorrer, o Sindicato estará lutando ao lado dos servidores, inclusive com paralisações e greve, se for necessário, para assegurar os direitos.
Natanael lembrou, também, que estava ali apresentando um sentimento de muitos servidores que vêm manifestando preocupação em relação aos salários dos próximos meses. Ele citou profissionais da Educação, que são também funcionários do Estado, e que ainda não receberam os salários de abril do Governo Estadual e nem tem previsão para receber, já que o governador de Minas, Romeu Zema, avisou, na última sexta-feira, dia 15, que não tem dinheiro para pagamento da maior parte do funcionalismo estadual e nem sabe quando vai ter. “Diante da fala do governador, que não tem dinheiro para pagar os servidores do Estado, ativos e inativos, e não tem sequer para repassar à Assembleia, há um temor também aqui no Município. Nós passamos dois anos, na gestão municipal anterior, com salários atrasados (…) e temos sim, um receio muito grande de que nós possamos vir a ser afetados”, destacou.
Por fim, Natanael lembrou que caso o funcionalismo venha a ser prejudicado, toda a sociedade também será, já que eles contribuem para movimentar a economia no Município e executam os serviços dispensados à população.